Cris Bastos
Acordar,
colocar a água do café (sem açúcar) para ferver e enquanto ferve fazer um
alongamento de gato.
Beber o café
em uma caneca bonita, sentada na mesinha colorida da cozinha.
Acender o
primeiro cigarro da manhã e fumar vendo as plantinhas do quintal, molhadas do
orvalho.
Subir para o
escritório e começar a escrever. Mergulhar no mundo das palavras e esquecer
de toda dor que não seja a inventada mesmo que real (“chegar a fingir que é dor
a dor que deveras sente”) .
Encontrar AQUELA palavra que o poema guardado ficou esperando por meses.
Encontrar AQUELA palavra que o poema guardado ficou esperando por meses.
Parar para
almoçar e conversar com a filha que chega da faculdade e com a mãe que veio
visitar.
Deitar meia
horinha com um livro delicioso e às vezes cochilar sem perceber.
Levantar e
sair para resolver coisas do mundo, chatas, mas suportáveis:
dentistas, filas de banco, mercados... Sempre levando a máquina porque a gente
nunca sabe quando uma Fada ou o Peter Pan vai aparecer na nossa frente.
Chegar em
casa, colocar uma roupa macia e fazer yoga ouvindo os clássicos dos clássicos ou os
clássicos de qualquer outra coisa gostosa.
Sair e dar
uma caminhada, respirando eucaliptos, observando nuvens e o por do sol nosso de
todo dia.
Tomar um
banho frio ou morno, às vezes quente, às vezes muiiito quente.
Procurar um
filme na tevê e achar. Procurar e não achar e voltar para o computador para
trabalhar naquela foto da Fada que clicou.
Deitar para
dormir e sonhar.
Acordar e...
Tudo novo de novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário