domingo, 30 de novembro de 2014
sábado, 22 de novembro de 2014
ratogatoratogatoratogatoratosimnãosimnãomalbemmal
O sim
o não
se apresentam.
Gato
rato
dentro do circo.
Nem sim
é gato
nem não
é rato.
Nem não
é gato
nem sim
é rato.
No espelho
do palco
fazem reverência.
Ao som suave
que vem das coxias
bailam.
Patas entrelaçadas
caudas longas
criando movimentos.
Nem risos
nem rugidos.
A plateia
aplaude
o único corpo
que se forma
quando o sim
e o não
se encontram.
No olhar
de quem observa a dança,
nem bem nem mal.
A lucidez
é bailarina.
Vento lúcido
Hoje dediquei um tempinho pensando nos que
lutaram e brigaram tanto para o PT se manter no poder e confesso ter sentido
uma certa pena. Sei que sentir pena não é algo legal para quem é o alvo do
sentimento, mas não sei expressar de outra forma. Talvez... Constrangimento.
Fico lembrando quando
éramos oposição, sim, votei no Lula na primeira vez em que foi eleito, e de
como nos divertíamos sendo os revolucionários.
Penso naquelas figuras
lindas que fizeram parte da minha adolescência, felizes por ter algo em que
acreditar e senti isso... Constrangimento.
Agora que o sonho tá sentado
no trono, será que todos acostumados a ser oposição se sentem confortáveis?
Aplaudem tudo com fé e gosto?
Aqueles que já fecharam o
mundo, será que em algum lugar lá dentro, bem dentro, não sentem uma vontade
louca de gritar qualquer coisa que não seja a aceitação?
Pelo teor delicado desta
postagem, pode parecer que estou usando da ironia.
Mas não.
Se dependesse deste
governo para sobreviver, ou se não tivesse viajado tanto e visto muito, ou se
não tivesse naquele lugar onde estava aquele texto ou aquela pessoa, eu poderia,
também, ter seguido dormindo.
É mágico,
o vento.sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Onde crio
Tuiinn
A estropiada
fada
lança
Tuiinn Tuinn
A estropiada
fada
lança
velhas palavras
no fosso do palácio.
no fosso do palácio.
Ignora o fogo
que isola.
que isola.
Cria pontes.
Quando criam
agradece.
agradece.
Celebra festas
na neblina.
na neblina.
Despertos raros
e a sintonia.
e a sintonia.
Há isso
e o abismo
que varia.
e o abismo
que varia.
Do nada
a falta de tudo,
a falta de tudo,
a dormente busca
pelo absoluto,
pelo absoluto,
o espetáculo
que não basta.
que não basta.
Quando o poço
passa
e a razão,
passa
e a razão,
o som
da palavra
batendo
na pedra
no fundo
do fosso,
da palavra
batendo
na pedra
no fundo
do fosso,
ecoa no mar.
Tuiinn Tuinn
sábado, 17 de maio de 2014
O que é Matrix?
Basicamente são as hierarquias.
As ordens, as guerras.
A saída da matrix está em saber quando e como desobedecer.
( ...e nunca no início houve Adão e da sua costela, Eva.. Nunca houve esse início. O que começou foi com macacos que se chamavam de "ier...ire" e nunca se chamaram de macacos ou de machos ou fêmeas.
Tinham faro de partilha. Depois, muito depois, deram nome a todas as boiadas e os primeiros sons se esquivaram dos equívocos... )
Desobedecer não é exatamente fazer o que você acha que não quer fazer.
É, principalmente, saber porque você DeScObRiU que não quer fazer .
Quando você entende ,vai parecer querer complicar, pra você e para o outro.
Mas, é simples....
Esvazia essa moringa
Ele me fala do inconsciente...
Para explicar
cita outros.
Com tanto ruído
como ouvir o som
do recipiente?
Para explicar
cita outros.
Com tanto ruído
como ouvir o som
do recipiente?
Saindo da Matrix
Quem sabe do que falo, sabe. Quem não ou tem dúvidas ...Bom...
A Matrix não é um lugar de onde você sai. No sentido de abrir a porta.
Não existe simples cidade.
Da matrix a gente sai quando toma consciência do tempo em que estivemos adormecidos e
isso não tem nada de novo.
A consciência não é novidade.
Não espanta também aqueles que tentam minimizar a importância do despertar.
Tem um blog de uma Lola, que diz que sair da matrix é assumir ser gay. (com base no filme)
Assumir papéis na matrix é legal, ou deveria.
Isso é o de menos ou mais, é bom saber quem Você quer ser na Matrix.
Vamos falar dela?
(
A Matrix não é um lugar de onde você sai. No sentido de abrir a porta.
Não existe simples cidade.
Da matrix a gente sai quando toma consciência do tempo em que estivemos adormecidos e
isso não tem nada de novo.
A consciência não é novidade.
Não espanta também aqueles que tentam minimizar a importância do despertar.
Tem um blog de uma Lola, que diz que sair da matrix é assumir ser gay. (com base no filme)
Assumir papéis na matrix é legal, ou deveria.
Isso é o de menos ou mais, é bom saber quem Você quer ser na Matrix.
Vamos falar dela?
(
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Desobedeça
Se puder educar
seus filhos em casa, eduque-os!
Se puder não
trabalhar para alguém, mas com alguém, faça!
Se decidir que
não vai mais pagar seu imposto de renda, por considerá-lo injusto, não pague e
esteja disposto a arcar com as consequências.
Não deseje ser martir,
não precisamos de mortos no caminho, se não puder transgredir, atue, mas sempre
com a consciência da sua liberdade.
Não faça nada
além de sua obrigação dentro de um grupo vertical.
Não crie grupos
para se sentir líder.
Se perceber que
deseja mandar em alguém, dê um jeito de se desvencilhar deste pensamento ou
ação o mais rápido possível.
Não mantenha
inimigos, a maioria das inimizades é circunstancial.
Acolha-os.
Não vá aonde não
quer ir, só pelo medo de que depois ninguém venha até você.
Mantenha contato
diário com a natureza, se estiver numa cela, imagine-a mentalmente.
E acima de tudo,
divirta-se muito!
Inspirado em
Thoreau e no texto “Desobedeça” de
Augusto de Franco
Ser comum
O ser que
finalmente se acha comum, é um ser revolucionário. Como revolucionário, muitas
vezes aparenta sair do ser comum para se
tornar atuante dentro das instituições hierárquicas. Dentro destas instituições acontece muitas
vezes desse ser se cansar e passar por um período de sonambulismo automático. Não é a desistência do personagem da Matrix
que escolhe ir comer a carne, é a porrada da falsa realidade que pode
anestesiar temporariamente. Se o ser
comum opta por se ausentar das falsas questões das quais fazem parte a imensa
maioria, ele se torna um ser só, não necessariamente solitário. Alguns têm a
sorte de encontrar outros seres comuns e compartilharem novas construções da
realidade. Outros não. No meu caso uso
minha lucidez para escrever poemas em solitude e partilhar.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Limite do alegre
O limite
do alegre
é sutil.
O lago sabe
a água
que cabe.
O dia
não lamenta
seu fim.
De lugar
o lago
não muda.
A água
flui
nos declives
não força
subida
impossível.
O alegre
homem,
chegado
o momento
de ir,
não
hesita.
O limite
que exagera
se limita.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Um dia simples
Cris Bastos
Acordar,
colocar a água do café (sem açúcar) para ferver e enquanto ferve fazer um
alongamento de gato.
Beber o café
em uma caneca bonita, sentada na mesinha colorida da cozinha.
Acender o
primeiro cigarro da manhã e fumar vendo as plantinhas do quintal, molhadas do
orvalho.
Subir para o
escritório e começar a escrever. Mergulhar no mundo das palavras e esquecer
de toda dor que não seja a inventada mesmo que real (“chegar a fingir que é dor
a dor que deveras sente”) .
Encontrar AQUELA palavra que o poema guardado ficou esperando por meses.
Encontrar AQUELA palavra que o poema guardado ficou esperando por meses.
Parar para
almoçar e conversar com a filha que chega da faculdade e com a mãe que veio
visitar.
Deitar meia
horinha com um livro delicioso e às vezes cochilar sem perceber.
Levantar e
sair para resolver coisas do mundo, chatas, mas suportáveis:
dentistas, filas de banco, mercados... Sempre levando a máquina porque a gente
nunca sabe quando uma Fada ou o Peter Pan vai aparecer na nossa frente.
Chegar em
casa, colocar uma roupa macia e fazer yoga ouvindo os clássicos dos clássicos ou os
clássicos de qualquer outra coisa gostosa.
Sair e dar
uma caminhada, respirando eucaliptos, observando nuvens e o por do sol nosso de
todo dia.
Tomar um
banho frio ou morno, às vezes quente, às vezes muiiito quente.
Procurar um
filme na tevê e achar. Procurar e não achar e voltar para o computador para
trabalhar naquela foto da Fada que clicou.
Deitar para
dormir e sonhar.
Acordar e...
Tudo novo de novo.
domingo, 16 de fevereiro de 2014
O Homem desconfortável
As crenças e
certezas promovem conforto.
Um homem
desconfortável é um homem perigoso.
Perigoso
para os que estão próximos e satisfeitos com a situação do mundo e
principalmente para os interessados em manter o status quo.
Um homem
desconfortável vai questionar,
vai mudar de
idéias em um piscar de olhos,
terá
certezas breves e as descartará em um mesmo instante.
Mas o pior
do homem desconfortável, pior para os que o observam, é que ele será feliz.
O homem
desconfortável será absurdamente feliz na consciência das incertezas.
O homem
desconfortável poderá dançar na chuva, nos shoppings e nos engarrafamentos.
Poderá
cantar nas filas e conversar com todos sobre o que bem entender.
O homem
desconfortável poderá pintar o cabelo de vermelho e ir onde quiser.
E o homem
desconfortável entrará em qualquer lugar, porque o homem desconfortável sabe
ser invisível.
Em seu
desconforto, aprendeu a voar.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
um erro não justifica outro um erro não justifica outro erro não
Existem momentos onde o homem pode se recolher ao seu silencio
produtivo e se dedicar a própria evolução.
Esses são os tempos de paz.
O homem lúcido antecipa os momentos perigosos e sabe o
momento de agir.
Sai de sua caverna e atua, suavemente.
Quando existe a desunião entre os homens de bem e suas
discussões ultrapassam a fronteira do enriquecedor debate, os homens do “mal” ressurgem.
No início, furtivamente, para aos poucos tomarem conta de
uma nação.
A única forma de combatê-los é fortalecendo a união, achando
um ponto de senso comum (paz) e começar a atuar frente ao mundo.
(Texto para o agora inspirado em uma conversa como I Ching)
sábado, 8 de fevereiro de 2014
Celebrando indagações
Estamos
vivendo um momento onde aqueles que pregam certezas políticas ou são ingênuos
ou dependem psicológica ou materialmente de alguma forma já estabelecida do
poder.
Enquanto
vivíamos na ilusão dos extremos: esquerda – direita - a vida parecia mais simples.
Neste
momento, a sensação é de desconforto e tristeza, como se nada mais houvesse para
testar.
A desesperança
que acompanha o homem quando vê ruir suas ideologias ou sonhos juvenis, pode ser
substituída pela expectativa do porvir.
Livres das
amarras dos extremos, o ser humano tem a chance de ousar novas portas, algumas
nunca testadas.
A vida
continuará e mundos velhos serão substituídos por novos.
O homem revolucionário
sabe que este é um momento de uma riqueza infinita.
É justamente quando nada mais do antigo tem
sentido que ele é forçado a prosseguir em sua incansável busca por novos ideais.
E só assim, enterrando
o que já era e não desistindo, teremos a chance de visualizar novas portas e começar
a abri-las para os jovens homens que não viveram nossos ranços do passado.
Este é um
momento de celebração, apesar de parecer o contrário.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Estado alado
Amar
estado alado
nada se debate.
O que não é
se torna
corpo breve
sem perguntas.
Sentidos
apurados.
O claro
é farto.
A mesa vazia,
palco
da dança
do absoluto
ser
que se entrega
e sem peso
também leva
o outro ser
que mergulha.
E na madrugada,
a vida que se fez serena
adormece.
O sonhar,
do amor
não duvida.
A ponte não está torta
Na espera
a paz é o meio
do início e fim.
No lago
o peixe
que se debate
parte
em seu próprio
meio.
Ser fiel a si
e assim ser,
enfim.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
Limite do leve
A mesma dor dita
de forma seca - ferida
(sem perder
em profundidade)
pode ter
voz de ave.
O limite do leve
tem asas.
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Assinar:
Postagens (Atom)