Não há muito a fazer quando o calor é opressivo, a água é escassa
e o governo corrupto, corrompe homens fracos. Não há muito a dizer quando as palavras, que
gritam o mal de um tempo, já não surtem efeito.
Nestas horas o recolhimento pode tornar-se um hábito,
criando mais afastamentos, que favorecem o desejado tédio dos governos
autocráticos.
Homens de bem se afastam buscando a companhia da natureza ou
de seus iguais. E nas ruas ou praças é visível a desesperança e a desconfiança
impera.
Sabemos quem são os que apoiam os governos, que em meio à
corrupção, permanecem impunes. Uma das
coisas mais poderosas que temos é a consciência. Enquanto continuarmos a falar sobre aquilo que vamos percebendo,
estaremos resistindo.
A arma mais poderosa nestes tempos sombrios é a alegria,
acompanhada da paz que permanece inabalável.
Resistindo alegremente, já vencemos.