Natal, Fim de Ano... Dizem que é uma época onde devemos perdoar. Pensei
muito e nesse ano que passou só tem uma pessoa que gostaria de perdoar: eu
mesma.
Me perdoo por ter sido tão briguenta (tenho lá minhas razões, mas não é
época de ficar explicando), me perdoo por ter sido impaciente, ter ficado
irritada (as bobagens aumentaram, mas não é o momento de dizer isso), me perdoo
por falar demais, não me calar na hora certa ou me calar na hora errada. Me
perdoo por de vez em quando alucinar e não dizer coisa com coisa, nem mesmo pra
mim. Me perdoo por duvidar de quase tudo e acreditar em fadas. Me perdoo por
esquecer de abrir minha caixa de e-mails e deixar de comparecer a um monte de eventos chatos (não todos) e necessários para manter a política da boa vizinhança.
Me perdoo por achar que ainda é possível um despertar coletivo e ficar
citando Jung, I Ching e Buda a toda hora. Me perdoo por ser romantica,
idealista e de vez em quando me sentir na beira de um precipício com os pés e
mãos amarrados. Me perdoo por me lançar no abismo e depois voltar,
estraçalhada, mas cheia de novas perguntas e paisagens. Me perdoo por insistir
em ser eu mesma, e o meu “eu mesma”, mudar a toda hora. Me perdoo enfim, e como
é de praxe, me abraço.
Agora vou fazer a mala e me preparar para me curtir no
mar. Um lindo natal e ano novo para todos que estiveram pertinho nesse ano!
Ah... E perdão por esse texto tão longo.
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