sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Perdoo


Natal, Fim de Ano... Dizem que é uma época onde devemos perdoar. Pensei muito e nesse ano que passou só tem uma pessoa que gostaria de perdoar: eu mesma.
Me perdoo por ter sido tão briguenta (tenho lá minhas razões, mas não é época de ficar explicando), me perdoo por ter sido impaciente, ter ficado irritada (as bobagens aumentaram, mas não é o momento de dizer isso), me perdoo por falar demais, não me calar na hora certa ou me calar na hora errada. Me perdoo por de vez em quando alucinar e não dizer coisa com coisa, nem mesmo pra mim. Me perdoo por duvidar de quase tudo e acreditar em fadas. Me perdoo por esquecer de abrir minha caixa de e-mails e deixar de comparecer a um monte de eventos chatos (não todos) e necessários para manter a política da boa vizinhança.
Me perdoo por achar que ainda é possível um despertar coletivo e ficar citando Jung, I Ching e Buda a toda hora. Me perdoo por ser romantica, idealista e de vez em quando me sentir na beira de um precipício com os pés e mãos amarrados. Me perdoo por me lançar no abismo e depois voltar, estraçalhada, mas cheia de novas perguntas e paisagens. Me perdoo por insistir em ser eu mesma, e o meu “eu mesma”, mudar a toda hora. Me perdoo enfim, e como é de praxe, me abraço.
Agora vou fazer a mala e me preparar para me curtir no mar. Um lindo natal e ano novo para todos que estiveram pertinho nesse ano! Ah... E perdão por esse texto tão longo.

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