A Humildade existe em várias faces e facetas.
Tem a humildade falsa que estampa os textos ou frases e
se limita para não se vangloriar, ainda que o que queira quem a possui, seja
mais um afago, mais um elogio, mais um dizer; você é demais e ainda por cima é
humilde.
Tem a humildade insegura, aqueles que não sabem mesmo se
o que fazem ou o que são, agrada aos outros ou agrada a si mesmo e vivem perguntando:
mas você gostou mesmo?
E finalmente, tem a humildade verdadeira que vejo da
seguinte forma:
Você cria. Você é e gosta.
Você partilha, divide, faz contato e gosta.
Você não se vangloria porque não existe razão para se
vangloriar, porque não existe nada que justifique o vangloriar-se. É perda de tempo.
Você sabe que se se acomodar na glória, vai interromper
um processo de crescimento pessoal.
Ainda que você goste do que é e faz, você consegue gostar
do mesmo tanto, do que outros são e fazem. Você elogia o elogiável. Não senta
no convencimento de sua obra, seja ela de que área for, como se fosse a maior
bunda do mundo. Reconhece defeitos, erros e o que pode, modifica. Não se irrita
com críticas, quando legítimas. Rodeia-se de bons amigos-professores. Prossegue
irremediavelmente justo.
Essa a meu ver é a humildade natural que todo ser humano
possui, mas poucos a exercem.
O resto é ilusão.
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